Pare de apagar incêndios e inove

Vicente Falconi chama atenção para o olhar estratégico

É cada vez mais comum ouvir que ser profissional de marketing hoje em dia não é das tarefas mais fáceis. Pelo contrário. Foi-se o tempo em que havia o glamour de que o marketing era uma atividade em que a vida era boa. O mundo está muito mais complexo. A economia, os mercados, o mundo, as pessoas mudaram e continuam mudando de tal forma que o que você fez hoje de manhã ao acordar talvez já não tenha mais serventia quando for dormir. Com isso, estamos vivendo em um cenário com poucas referências. Isso acontece por dois motivos que ficaram claros para mim quando o professor Vicente Falconi afirmou, durante o Fórum HSM de Gestão deste ano, que as pessoas não analisam mais nada do que fazem, não avaliam e reavaliam suas atividades e metas e, para piorar, ficam apagando incêndios do dia-a-dia e deixam de pensar no futuro da empresa. O primeiro problema é clássico. É como aquela frase que diz que não se sabe qual metade da verba de publicidade está sendo jogada no lixo. Há uma cultura entre muitos profissionais de marketing de não analisar nada e, por isso, o departamento perde cada vez mais credibilidade quando deveria ganhar ainda mais importância. Além de planejar bem, é preciso entender o que deu certo e errado e o porquê. A cultura vigente há décadas é a de repetição e a de surfar nas ondas do momento, investir em projetos e em formatos de comunicação tradicionais cujo resultado é sempre o mesmo. Não se inova. E aqui, mais uma vez, um dos maiores especialistas em gestão do Brasil nos ensina: “Quem nunca errou é porque não está tentando fazer nada de diferente”, disse Falconi. Mas, para inovar, é preciso que a empresa esteja funcionando como um relógio. O operacional tem que funcionar como a nossa circulação sanguínea. Ou seja, não pode haver problemas em produtos e falhas em serviços como aqueles que testemunhamos todos os dias. “A rotina das empresas não está bem estabelecida”, analisou Falconi durante o Fórum HSM. “É muito difícil ter melhorias expressivas se você não tiver uma operação excepcional. Se não mudar a operação, o resultado não muda”, aponta.

Fonte: http://www.hsm.com.br/blog/2011/05/pare-de-apagar-incendios-e-inove-2/

Deixe um comentário